Andei lendo por aí uns navegadores que permitem que você habilite um 'modo incógnito', também chamado 'modo pornô', que não armazena traços de coisa alguma, não deixa cookies, não registra a página no histórico, não tem cheiro e não solta as tiras. Amei muito, porque a coisa que mais gosto é o anonimato. Anonimato é quase como ser invisível, e já que sou invisível para tanta coisa boa, eu quero ser invisível para as ruins também.
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Só não quero ser invisível para quem amo - que é pouquíssima gente, convenhamos. Para esses, queria ser um enorme outdoor Las Vegas Style, berrando louca e frenética num festival de cores neônicas piscando num desenho amalucado digno de Pucci.
Sou um pavão que anda 99% do tempo com a cauda fechada, lowprofilemente. E, como todo pavão, meus pés são horrendos. E são a minha parte favorita do corpo.
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Só H.R. Giger compreenderia. É por isso que ele ilustra o que está ali em cima, a Mulher Galvanizada herself dando as boas vindas a você, ser de língua cilíndrica, pedindo-lhe mudamente com seus olhos vidrados, "mostre-me seus lugares escuUuUuUuros". Aprecio olhar as coisas bonitas, mas são as escabrosas que me conquistam, porque elas me intrigam. E Giger, vamos combinar, fez coisas deliciosamente lindas com elementos escabrosos. Amo Giger quando vejo seu trabalho. Esses alemães da arte. Ah.
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Não gosto de deixar traços. Paradoxalmente, tem esse blog. Porque paradoxos são gostosinhos. E porque, já que não dá para existir sem deixar resíduos, então deixe eu enfiar o pé na jaca dos meus paradoxos. Não tenho como ganhar essa briga, então nem vou começar a brigar.
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E, para terminar, eu preciso dizer: JAMAIS PENSEI QUE FOSSE ASSIM.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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