terça-feira, 21 de outubro de 2008

incognito

Andei lendo por aí uns navegadores que permitem que você habilite um 'modo incógnito', também chamado 'modo pornô', que não armazena traços de coisa alguma, não deixa cookies, não registra a página no histórico, não tem cheiro e não solta as tiras. Amei muito, porque a coisa que mais gosto é o anonimato. Anonimato é quase como ser invisível, e já que sou invisível para tanta coisa boa, eu quero ser invisível para as ruins também.
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Só não quero ser invisível para quem amo - que é pouquíssima gente, convenhamos. Para esses, queria ser um enorme outdoor Las Vegas Style, berrando louca e frenética num festival de cores neônicas piscando num desenho amalucado digno de Pucci.
Sou um pavão que anda 99% do tempo com a cauda fechada, lowprofilemente. E, como todo pavão, meus pés são horrendos. E são a minha parte favorita do corpo.
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Só H.R. Giger compreenderia. É por isso que ele ilustra o que está ali em cima, a Mulher Galvanizada herself dando as boas vindas a você, ser de língua cilíndrica, pedindo-lhe mudamente com seus olhos vidrados, "mostre-me seus lugares escuUuUuUuros". Aprecio olhar as coisas bonitas, mas são as escabrosas que me conquistam, porque elas me intrigam. E Giger, vamos combinar, fez coisas deliciosamente lindas com elementos escabrosos. Amo Giger quando vejo seu trabalho. Esses alemães da arte. Ah.
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Não gosto de deixar traços. Paradoxalmente, tem esse blog. Porque paradoxos são gostosinhos. E porque, já que não dá para existir sem deixar resíduos, então deixe eu enfiar o pé na jaca dos meus paradoxos. Não tenho como ganhar essa briga, então nem vou começar a brigar.
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E, para terminar, eu preciso dizer: JAMAIS PENSEI QUE FOSSE ASSIM.

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